quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Minimamente Feliz

Olá a todoooosss!!

Esses dias recebi um e-mail de uma amiga com o texto " Minimamente Feliz" da jornalista Leila Ferreira.
Enquanto fui lendo o texto, fui lembrando na hora dos posts sobre auto estima da Dieta Coletiva. Esses textos sobre auto estima realmente podem fazer uma boa diferença na vida de alguém que esteja passando por algum momento difícil consigo mesma, não é? Gosto desse tipo de texto, pois eles dão um chacoalhão na gente, e nos colocam para pensar um pouquinho. Então pedi para Leila se eu podia publicar o textinho dela aqui, para contribuir com os posts da Dieta. 
Olha só o que diz o texto:

MINIMAMENTE FELIZ, por Leila Ferreira
"A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.

Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática.
'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.

Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa.
Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.

Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.
Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje.
Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos.
E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera."


Leila Ferreira é autora dos livros "A Arte de Ser Leve" e "Mulheres: por que será que elas...?", os dois da Editora Globo.
E olha eles aí! Deu até vontade de ler, rsrs...

Sabe que eu concordo com ela sim! Acredito que tudo que nos cerca, tem o poder de nos trazer felicidade... um passarinho comendo uma frutinha de uma árvore, um por do sol maravilhoso, um cheirinho de terra molhada anuciando uma chuvinha em um dia de verão. Só temos que estar preparados para enxergar esses detalhes com o coração!
E vocês o que acham? Concordam?

E vou aproveitar este post pra participar do mosaico da Re Batista, esta semana com tema livre. Entrem lá para conferir:

Bjksss

4 comentários:

  1. adorei o texto, gostei muito da felicidade homeopática, em conta gotas.. eu gosto dessa ideia de felicidade, de aproveitar os pequenos momentos, pois quando os grandes momentos de felicidade chegam, passam muito rápido e a gente se sente sem sentido quando acaba, acredite eu passei por isso, esperei um ano por uma coisa, e quando aconteceu fiquei meio desolada, sem saber o que fazer agora.. a felicidade deve ser todos os dias! lindo texto, obrigada por compartilhar conosco!
    Bjus

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  2. Evelyn, obrigada pelo carinho!!!
    Você estará lá na "portinha virtaul" dia 31/outubro para a abertura da loja? rsrsr
    obrigada

    Eu adoro os livros da Leila e quase morri de rir com o das Mulheres. amo
    bjs
    Carmen

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  3. Evelyn, amei o texto! Sabe, há muito tempo que descobrí isso...muitas vezes damos tanto valor às coisas ruins que nos acontecem, mas esquecemos as coisas boas do dia a dia...tem que curtir os bons momentos com intensidade!
    bjossss

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Olá!
Agradeço por seu carinho em comentar aqui no CRIAR E COMEÇAR.
EVELYN